Entre as coisas mais lindas que da vida, está a mudança.
Esse espaço já foi tanta coisa… Aliás, lá na primeira conversa da Negócios Autorais eu disse que se tratava de um recomeço. E de fato foi.
Agora, estamos diante de outro.
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É SOBRE O CAMINHO
Há algumas semanas, venho lendo “Um café com Sêneca”, de David Fideler. E tenho encontrado muito o que pensar, ao longo da leitura (até brinquei, outro dia, que ao invés da meta de X livros no ano, é possível que em 2025 eu só leia este, pois a cada parágrafo lido separo meia hora pra pensar, escrever, sentir…).
Em um desses momentos de reflexão sobre a leitura, percebi algo sobre o meu trabalho que eu ainda não havia notado (não só sobre o meu trabalho, em si, mas sobre o trabalho, de forma geral).
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Para os estoicos romanos como Sêneca, tudo tinha como foco o progresso em direção à sabedoria e ao desenvolvimento de um caráter melhor. (…) os estoicos romanos viam o estoicismo como uma espécie de caminho e achavam que era possível progredir um pouco a cada dia por meio de autorreflexão, prática e treinamento.
(David Fideler, em “Um café com Sêneca”)
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Esse foi o trecho que me transformou. E essas foram as anotações cruas que surgiram após lê-lo (na íntegra de verdade).
Eu posso entender o acompanhamento que ofereço como uma oportunidade de desenvolvimento pra mim, também. Afinal, não é porque eu estudo diariamente sobre meus temas de interesse que eu consigo aplicá-los com facilidade em minha própria rotina. Conhecer é diferente de viver e de ser. E eu quero me tornar. Meu trabalho pode ser um caminho pra minha evolução.
Eu penso a jornada profissional como uma espécie de caminho de autoconhecimento também. Aliás, tudo é, não? Isso diz mais respeito à maneira como você percorre do que ao caminho em si. Se assumimos a postura de aprendizado e evolução pessoal em nossa jornada profissional, podemos percorrê-la olhando com mais atenção pra cada passo, sem focar somente no resultado. Há conquistas e realizações no caminho. Há transformação de si no caminho. E aí, quando eu mudo, meu caminho muda, e minha visão também se transforma.
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Foi assim que eu mudei. E portanto o meu caminho mudou.
O que eu faço (o que sempre fiz, na verdade) é comprometido com a pessoa que percorre o caminho. Especialmente, com a mulher que percorre seu caminho profissional em busca de torná-lo ainda mais autoral.
Por isso, a Negócios Autorais deixa de assim ser chamada e se torna Caminhos Autorais (entre “caminhos” e “autorais” existe um “profissionais”, mas não ficaria tão poético se ele estivesse visível ali, né?).
Negócios, marcas, comunicação, e tudo mais o que faz parte desse universo continua existindo em nossas trocas — afinal, esse é o caminho. O que muda é a maneira como o percorremos, com os olhos voltados a encontrar nessa jornada oportunidades de oferecer a você mais pontos de reflexão sobre si mesma, e mais pontos de expressão de si mesma.
É realmente sobre se enxergar com clareza e transbordar pro que se faz (como eu digo em meus acompanhamentos: enxergar com clareza, agir com propósito e mapear caminhos autorais — essa frase que repito já há um ano fez ainda mais sentido quando essa nova percepção me invadiu).
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Isso tudo é sobre mim (não. Se você é uma leitora assídua de entrelinhas, esse texto deixa de ser apenas sobre mim). Mas pode ser também sobre você.
O que o seu caminho profissional pode te ensinar sobre você mesma?
E quais oportunidades seu caminho profissional tem oferecido pra que você transborde, pra que expresse de forma genuína a sua verdade?
Como você pode transformar seu caminho profissional, ou sua relação com ele, pra criar espaço pra uma jornada de aprendizado e de autoexpressão? O que você pode mudar nesse contexto pra fazer do seu caminho ainda mais autoral?
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OLHAR CURIOSO
Assisti (de novo) a Kung Fu Panda, nesse domingo.
(Já contei aqui sobre os aprendizados que tive com a trilogia “Carros”. Eu poderia citar filmes cultos e profundos, eu sei, mas seria uma expressão genuína da minha essência? É, não).
Provavelmente você já conhece a história: um panda, o Po, passa a fazer parte de um grupo de mestres de kung fu. Só que ele não é mestre (como conta a história, nem nível zero em kung fu ele é). Ainda assim, o mestre supremo, Shifu, precisa treiná-lo — o que é um desafio pros dois.
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Em um momento sensível, depois de Po e Shifu já estarem desgastados do relacionamento que parece não levá-los a lugar algum, o panda pergunta repetidas vezes ao mestre como ele pretende ensiná-lo, considerando que até então nada havia mudado desde o dia 1.
Com sinceridade, e indignação, Shifu responde: “Eu não sei.”
Não tinha uma carta na manga, um passe de mágica, nada. Aquele mestre de kung fu que já tinha ensinado tantos alunos, que tinha formado um grupo lendário, não sabia o que poderia fazer pra contribuir com a jornada do nosso herói.
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Mas o segredo é saber observar, não é? E aprender com o caminho, como os estóicos romanos propuseram.
Então na manhã seguinte o mestre flagra Po assaltando os armários da cozinha, comendo tudo o que via pela frente. E ele tem seu momento eureka.
Treinar um panda não era igual treinar uma tigresa ou um macaco. A motivação do panda é outra.
Shifu finalmente encontrou a melhor maneira de orientar e desenvolver aquilo que Po já tinha dentro dele.
Seu papel não era fazer do panda que até ontem vendia macarrão um modelo de artes marciais. Não. Seu papel era fazer esse mesmo panda enxergar a si mesmo, se apropriar de suas potências naturais, se sentir seguro e confiante consigo, pra então percorrer sua própria jornada e dar vida aquilo que já era dele.
Eu amo pensar que esse é o meu papel com você. ♥️
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Outra coisa linda que o filme nos mostra é que a grande força de Po é sua resiliência. Seu jeitinho autoral de percorrer o caminho é caindo e levantando em seguida. Ele sempre levanta.
Po é curioso e destemido. Ele tem uma visão e nada do que aparece a seu redor o distrai. Em certo momento, o vilão bate nele de toda forma possível, e ele ri, dizendo algo como: “Para, faz cócegas!”
E ele falava “sério” (no contexto), não em tom irônico. Porque é isso o que acontece quando a gente sabe pra onde vai: qualquer vento sopra a favor (porque, mesmo aquele que sopra contra, é brisa que refresca, portanto é bem-vinda).
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Não existe destino impossível.
Um panda pode ser o poderoso Dragão Guerreiro. Desde que ele entenda que só chegará lá do seu jeito. Desde que ele percorra o caminho com a sua inteireza. E, claro, desde que ele conte com a ajuda de mestres e amigos que tornem sua jornada mais leve.
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CAMINHOS AUTORAIS
Se você sabe pra onde deseja ir, e quer percorrer o seu caminho com inteireza e leveza, eu vou amar acompanhar você!
Sem fórmulas prontas, sem truques ou atalhos.
Nosso acompanhamento acontece no seu ritmo, tendo um mapa fluido como guia, mas sem rigidez. Compartilho com você, a cada passo, ferramentas e reflexões pra que a gente encontre o seu jeitinho único de dar vida ao seu trabalho, seja ele um negócio, uma carreira ou um projeto.
Pra entender melhor como posso somar contigo nessa sua jornada, me chama aqui:
oi@marianagatzk.com
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NOS VEMOS EM BREVE!
Obrigada pela sua companhia hoje!
Podemos continuar nossa troca no Instagram, se você curte estar por lá. Ou então já já eu chego na sua caixa de emails de novo, com uma nova conversa pra gente desbravar.
Com carinho,
Mari.